No dia 13 de junho de 2018, Roberto Canquerini pegava em mãos o resultado do exame que anunciava sua cura de um câncer em estágio avançado. Exatamente um ano depois, o farmacêutico, professor de pós-graduação, consultor de empresas, mentor e master-coach recebeu a Comenda do Mérito Farmacêutico, cerimônia realizada pelo Conselho Federal de Farmácia, em Brasília/DF.
A homenagem e demais premiações ocorreram dentro da 483ª Reunião Plenária. Ao todo, foram 27 homenageados, mais menção honrosa, além dos premiados no Prêmio Jayme Torres. Dentre todos os que receberem o mérito, Roberto foi o escolhido para fazer o discurso. “Foi um dia extraordinário. Receber a maior honraria da profissão farmacêutica, que é a Comenda do Mérito Farmacêutico do CFF, nesse dia simbólico que completei meu primeiro ano de renascimento, teve uma sensação muito especial. Foi emocionante também ver meus pais sentados na plateia comemorando comigo mais esta conquista!”, conta Canquerini.
O professor conta que, durante o seu tempo de tratamento, nunca se curvou para a doença e sempre olhou para a metade cheia do copo, focando no que aquela mensagem divina estava lhe trazendo de aprendizado. “E aprendi muito! Primeiro que a nossa profissão é muito rica e contribui de forma fundamental para o cuidado do paciente. Vivi isso na pele, inclusive sentado na cadeira do paciente”, relembra.
Ainda em setembro de 2018, Roberto retomou as atividades aos poucos. Neste período, terminou as formações em master-coach e reiki nível 2. Neste ano, Muitas portas se abriram e o professor procura, sempre que possível, levar aos alunos e clientes o que aprendeu em sua jornada pela cura. “Acredito que toda a experiência enriquece o aprendizado e o retorno baseado no feedback e avaliação que recebo deles tem sido gratificante”, comemora.
Importância do profissional farmacêutico no tratamento do paciente
A assistência farmacêutica cooperou de maneira fundamental no período do seu tratamento. Dentre os profissionais que o auxiliaram, estavam:
– Uma farmacêutica floralterapeuta;
– Uma farmacêutica homeopata e que trabalha com antroposofia e reiki;
– Um farmacêutico magistral prescrevia e preparava meus suplementos e fitoterápicos na farmácia;
– No hospital, um farmacêutico preparava os radiofármacos para os exames de controle;
– Farmacêuticos oncológicos preparavam quinzenalmente os medicamentos quimioterápicos para as doze sessões de infusão;
– Farmacêuticos hospitalares estavam sempre atentos com a segurança durante os dias em que precisou ficar internado;
– No laboratório de análises clínicas, os colegas farmacêuticos analisavam quase que semanalmente seus exames de controle;
– Na farmácia comunitária, Roberto buscava os medicamentos necessários para combater os efeitos colaterais da quimioterapia. “Foi então que senti a necessidade de mais terapias integrativas, quando encontrei uma colega farmacêutica me ajudava também com acupuntura e auriculoterapia”, conta.
– Os colegas da indústria também foram responsáveis por preparar todo o arsenal de guerra necessário para a jornada. “Por fim, atualmente um farmacêutico clínico que trabalha em uma farmácia está cuidando de todo o meu esquema vacinal pós-tratamento, seguindo as orientações do oncologista”, completa.
A mensagem que Roberto Canquerini deixa sobre sua experiência e seu trabalho:
“A mente e pensamentos são poderosos e capazes de controlarem tudo, inclusive a cura. Sempre vamos encontrar uma forma de superar nossos obstáculos. Às vezes, o principal obstáculo mora dentro da nossa própria cabeça. Outro aprendizado é que Deus também usa as dores para nos ensinar lições extraordinárias. É uma benção saber aproveitar essas oportunidades que recebemos diariamente como forma de aprendizado e evolução espiritual. E por fim, nunca saberemos o quão forte somos, até que ser forte é a única escolha que temos”, finaliza.